Defesa em Execução Fiscal
O processo de Execução Fiscal representa a derradeira e mais incisiva medida empregada pelo governo para recuperar valores supostamente devidos por pessoas físicas ou jurídicas.
Quando o devedor recusa-se a efetuar o pagamento de forma amigável, o governo recorre ao judiciário, solicitando ao juiz que o obrigue a quitar a dívida, caracterizando assim o processo judicial conhecido como Execução Fiscal.
A legislação que rege todo o processo é a Lei 6.830/80, popularmente conhecida como LEF, sendo o Código de Processo Civil utilizado subsidiariamente.
O processo de Execução Fiscal desenrola-se em etapas distintas:
1ª Etapa: Petição Inicial
O procurador da fazenda inicia o processo com uma petição inicial, geralmente de uma ou duas folhas, acompanhada da Certidão de Dívida Ativa (CDA), documento elaborado pela Fazenda Pública contendo informações básicas sobre a cobrança. A distribuição ocorre em uma vara específica, e um juiz é designado para o caso.
2ª Etapa: Citação e Penhora
Após a distribuição, o juiz envia uma carta de citação ao devedor, formalizando sua participação no processo. A citação informa sobre o prazo de 5 dias para pagamento ou indicação de bens à penhora, caso opte por apresentar defesa. A penhora, por sua vez, pode recair sobre diversos tipos de bens, com uma ordem de preferência estabelecida pela Lei 6.830/80.
3ª Etapa: Defesa
Após a penhora ou garantia do juízo, o devedor tem 30 dias para apresentar sua defesa por meio dos Embargos à Execução Fiscal, petição na qual deve alegar todos os pontos que possam solucionar o caso. Essa fase permite ampla dilação probatória, utilizando todas as provas admitidas em direito para contestar a cobrança.
4ª Etapa: Expropriação dos bens
Caso não ocorra a quitação, a Fazenda inicia a expropriação dos bens do devedor, transferindo-os para o patrimônio do governo. As formas de expropriação incluem adjudicação, alienação por iniciativa particular e arrematação, cada uma com suas características específicas.
Suspensão do Processo de Execução Fiscal
Embora o processo tenha como lógica a recuperação rápida dos valores devidos, algumas situações específicas podem levar à suspensão, como questões relacionadas às partes envolvidas, legitimidade do órgão julgador, acordos entre as partes, localização do devedor e bens, entre outros fatores.
Duração do Processo
A duração do processo varia conforme as circunstâncias de cada caso, sendo geralmente mais rápida na Justiça Federal.
Consequências da Execução Fiscal
As consequências mais severas da Execução Fiscal incluem a exposição do patrimônio perante o judiciário. Tentativas de alienação de bens para evitar a cobrança podem ser consideradas fraude à Execução Fiscal, resultando em medidas mais rigorosas.
Em resumo, o processo de Execução Fiscal é complexo e envolve diversas etapas, cada uma com suas peculiaridades, exigindo atenção e estratégia por parte do devedor ao longo do processo.
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